Formação litúrgica


Amigos,

   Subscrevo alguns importantes apontamentos contidos na 2ª edição do livro Cantar a liturgia, de autoria do Frei Alberto Beckhäuser, publicado pela editora Vozes. 


   Canto de entrada

   A Introdução do Missal explica bem o sentido deste canto:
     "Reunido o povo, enquanto o sacerdote entra com o diácono e os ministros, começa o canto de entrada. a finalidade deste canto é abrir a celebração, promover a união da assembleia, introduzir no mistério do tempo litúrgico ou da festa, e acompanhar a procissão do sacerdote e dos ministros" (Intr., n. 47).

   Salmo responsorial

   "À primeira leitura segue-se o salmo responsorial, que é parte integrante da liturgia da palavra, oferecendo uma grande importância litúrgica e pastoral, por favorecer a meditação da palavra de Deus. O salmo responsorial deve responder a cada leitura e normalmente será tomado do lecionário" (Intr. n. 61).
   "De preferência, o salmo responsorial será cantado, ao menos no que se refere ao refrão do povo. Assim, o salmista ou cantor do salmo, do ambão ou outro lugar adequado, profere os versículos do salmo, enquanto toda a assembleia escuta sentada, geralmente participando do refrão, a não ser que o salmo seja proferido de modo contínuo, isto é, sem refrão" (Intr., n. 61).

   Aclamação antes da proclamação do Evangelho

   O Aleluia é cantado em todo o tempo, exceto na Quaresma.
   Portanto, não é correto cantar o ano todo a aclamação sem o Aleluia, costume que se introduziu por causa das aclamações das Missas da Campanha da Fraternidade que ocorre durante a Quaresma. O normal é Aleluia, versículo, em geral tirado da mensagem central do Evangelho que vai ser proclamado, e repetição do Aleluia.

   Canto das oferendas

   Ele é facultativo e tem verdadeiro sentido quando houver a procissão das oferendas para o altar.
   Diz a Introdução do Missal: "O canto das oferendas acompanha a procissão das oferendas e se prolonga pelo menos até que os dons tenham sido colocados sobre o altar" (n. 74).
   Ajuda a recolher os motivos de ação de graças, o sentido do pão e do vinho e água, símbolos do seu ser e do seu agir, que vão transformar-se no Corpo de Cristo dado e o Sangue de Cristo derramado. Dispõe os corações dos fiéis a entrar na atitude de Cristo diante do Pai e aos seres humanos no sacrifício da Cruz.
   Obs.: Em nossa paróquia, fazemos coincidir o fim do canto com o momento em que o sacerdote termina de purificar as mãos.

   Canto de Comunhão

   "Enquanto o sacerdote recebe o Sacramento, entoa-se o canto da comunhão que exprime, pela unidade das vozes, a união espiritual dos comungantes, demonstra alegria dos corações e realça mais a índole 'comunitária' da procissão para receber a Eucaristia. O canto prolonga-se enquanto se ministra a Comunhão aos fiéis" (Intr., n. 84).
   O canto da Comunhão tem caráter diverso do canto da entrada ou das oferendas. Será mais contemplativo, mais sereno, mais de comunhão.

   Canto depois da Comunhão

   Não convém chamar este canto de ação de graças, pois toda a Liturgia eucarística é uma grande ação de graças. Na Introdução do Missal, ele é chamado Canto depois da Comunhão (cf. n. 37a). "Terminada a distribuição da comunhão, se for oportuno, o sacerdote e os fieis oram por algum tempo em silêncio. Se desejar, toda a assembleia pode entoar ainda um salmo ou outro canto de louvor ou hino" (n. 88).
   Tanto o silêncio como o Canto depois da Comunhão são facultativos. Procurar-se-á, no entanto, não omitir sempre o momento de oração do coração, de oração silenciosa, após a Comunhão. Deve haver equilíbrio.

Comentários

  1. Interessante a união entre as orientações do Missal e a realidade Paroquial na qual estamos inseridos. Parabéns pelo resumo!

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