Formação - Música e Liturgia

A música desempenha um papel importante na Liturgia da Santa Missa. O Catecismo da Igreja Católica afirma que “o canto sacro, ligado às palavras, é parte necessária ou integrante da liturgia solene” (CIC, 1156). E reforça: “o canto e a música desempenham sua função de sinais (...) por ‘estarem intimamente ligados à ação litúrgica’” (CIC, 1157).

A Palavra de Deus, desde os tempos antigos, recomenda o louvor a Deus por meio da música. Muitas dessas recomendações estão contidas no livro dos Salmos, que é inteiro composto de cantos espirituais. Não por menos, existe a indicação litúrgica de que a proclamação dos salmos nas celebrações se dê preferencialmente na forma cantada, justamente por que esses textos nasceram como canções espirituais, ou seja, são originalmente composições musicais.


Salmo 32, 2-3: “Celebrai o Senhor com a cítara, entoai-lhe hinos na harpa de dez cordas. Cantai-lhe um cântico novo, acompanhado de instrumentos de música”.
Salmo 46, 7-8: “Cantai à glória de Deus, cantai; cantai à glória de nosso rei, cantai. Porque Deus é o rei do universo, entoai-lhe, pois, um hino!”.
Salmo 48, 5: “Ouvirei, atento, as sentenças inspiradas por Deus; depois, ao som da lira, explicarei meu oráculo”.

Ao ministro de música, como liturgo em conjunto com o ministro ordenado (padre) e todos os demais fiéis (CIC, 1144), cabe servir à liturgia com simplicidade, imbuído do espírito de adoração e louvor a Deus. Sua missão consiste em auxiliar a assembleia em sua imersão na ação litúrgica por meio do canto. A esse respeito, o Catecismo afirma: “Também os ajudantes, os leitores, os comentaristas e os membros do coral desempenham um verdadeiro ministério litúrgico” (CIC, 1143).

Que a Santíssima Mãe Maria seja para nós um exemplo de louvor e serviço a Deus e aos irmãos, ela que entoou mui dignamente o seu Magnificat com os lábios e com a vida. Assim seja.

Por Renan Alvarenga

Comentários