Formação - Canto após a Comunhão

Canto após a Comunhão
Por Renan Alvarenga

Gostaria de prestar um esclarecimento a respeito do canto após a comunhão, também conhecido como  "canto de ação de graças".

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Cabe dizer, em primeiro lugar, que este canto não compõe o rito da Missa. Trata-se sempre de uma concessão do sacerdote (presidente da celebração) em permitir a execução de uma música no momento que sucede a Santa Ceia. Tanto o é, que todos conhecemos uma ou mais paróquias onde não existe a prática desse canto.

Havendo a permissão, o critério para a escolha consiste, como sempre, em verificar a adequação ao momento. Qual seria, então, a espiritualidade/tônica do momento? Acabou-se de receber o sacramento eucarístico, dado a nós pela misericórdia e bondade de Deus. Quando se ganha um presente, já nos ensinaram na infância, o correto é agradecer. Também convém enaltecer o generosidade do doador, elogiando-o e reconhecendo sua consideração.

O critério cabal, portanto, é que o canto pós-comunhão seja essencialmente de agradecimento, adoração, exaltação a Deus, o maior presenteador de todos os tempos.

Vale colocar que, mesmo a canção tendo sintonia com a liturgia da Palavra (leituras, salmo e/ou Evangelho), pode ser que não traga em si uma mensagem de adoração e exaltação. Nesse caso, a adequação com a espiritualidade do momento fica comprometida.

Outro aspecto importantíssimo é permitir à assembleia desfrutar, ao menos, um minuto de silêncio após a comunhão. O motivo é claro: propiciar a oração pessoal, num momento de profunda intimidade com Jesus, após tê-lo recebido no Santíssimo Sacramento. Passado o instante, a comunidade é convidada a adorar o Verbum Panis coletivamente, prefigurando a glória celeste.

A esse respeito, São Pedro Julião Eymard, no livro “Flores da Eucaristia” (Ed. Palavra Viva, Sede Santos!, Distribuidora Loyola, pgs 131-135), ensina: “O momento mais solene de vossa vida é o da Ação de Graças, em que possuis o Rei da Terra de do Céu, vosso Salvador e Juiz, disposto a vos conceder tudo o que Lhe pedirdes”.

Que a Santíssima Mãe Maria seja para nós um exemplo de louvor e serviço a Deus e aos irmãos, ela que entoou mui dignamente o seu Magnificat com os lábios e com a vida. Assim seja.

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